Farinha de Mandioca Biofortificada

PRINCIPAIS BENEFÍCIOS E CARACTERÍSTICAS DA INVENÇÃO

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Próprio para alimentação humana e animal

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Maior bioacessibilidade de ferro e outros minerais

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Ambientalmente correto e economicamente viável

Tecnologia obtém uma farinha de folhas de mandioca para suplementar ferro na alimentação humana e animal.

Elevar o teor de ferro em produtos de maior absorvição pelo corpo é o objetivo de um processo de obtenção de suplemento biofortificado a partir de folhas de mandioca. O invento, que pode ser utilizado na alimentação humana e animal, é resultado de uma parceria entre pesquisadores da Unicamp, do Instituto Agronômico de Campinas e da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios.

 

Nas últimas décadas, a anemia ferropriva passou a ser reconhecida como a carência nutricional de maior prevalência no mundo, sendo determinada, na maior parte das vezes, pela ingestão deficiente de alimentos ricos em ferro ou pela inadequada utilização orgânica desse mineral. Ao mesmo tempo, os alimentos naturais ainda se revelam como a melhor forma de suprir as deficiências nutricionais do organismo, uma vez que suplementos nem sempre são eficazes e podem contribuir negativamente para o tratamento de algumas doenças.

 

Tendo isso em vista, a biofortificação de artigos agrícolas se mostra como uma solução para esses problemas, podendo contribuir com produtos ambientalmente corretos, socialmente mais benéficos e economicamente viáveis. É o caso da farinha de folha de mandioca, um ingrediente de alto valor nutricional e baixo custo que pode ser empregado na alimentação de aves, frangos de corte e poedeiras.

 

O processo desenvolvido potencializa a biofortificação agronômica em ferro em tempo e custo menores do que os da a biofortificação por engenharia ou melhoramento genético. Além disso, não minimiza a produção ou produtividade da planta, diminui antinutrientes das folhas de mandioca – que contribuem para a redução da biodisponibilidade dos nutrientes – e também é sustentável, uma vez que o sistema da solução pode ser estudado para receber mais de um ciclo da folha.

 

Como resultado dos testes conduzidos em laboratório e em escala piloto, a nova tecnologia obteve uma farinha com teor de ferro de 130mg/kg. Ainda, a bioacessibilidade desse mineral aumentou de 2%, na folha sem tratamento, para 22%, o que significa que uma pessoa necessita comer apenas 16 gramas da farinha tratada para atingir a ingestão diária recomendada de 18g de ferro. Em comparação, sem o tratamento seria necessário o consumo de 6kg de folhas secas diárias para obter a mesma quantidade de ferro.

 

Já na aplicação como ração animal, houve um aumento em até 50% no teor de ferro de produtos cárneos de codornas e de 12% a 16% no teor do mineral presente nos seus ovos, quando comparado às aves alimentadas com ração controle. Análises sensoriais também constataram que não houve diferenciação no gosto dos ovos consumidos, mas que as notas para o aspecto visual foram mais altas do que as dos ovos de codornas alimentadas sem a ração fortificada.

INVENTORES:

Mário Roberto Maróstica Junior

• Engenharia de Alimentos – UNICAMP
• PhD em Ciência de Alimentos – UNICAMP
• PhD em Leibniz Universitât Hannover, Alemanha
• Research em Lund University, Suécia
Atualmente é professor titular da UNICAMP

Juliana Rolim Salomé Teramoto
Instituto Agronômico de Campinas – IAC

Elisabeth Gonzales
Inventor Independente

Erika Salgado Politi Baraga Saldanha
Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios

Cássia Regina Limonta Carvalho
Instituto Agronômico de Campinas – IAC

Jose Carlos Feltran
Instituto Agronômico de Campinas – IAC

Teresa Losada
Instituto Agronômico de Campinas – IAC

FACULDADE/INSTITUTO:
Faculdade de Engenharia de Alimentos – Unicamp

STATUS DA PATENTE:

DEPOSITADO
CÓDIGO: 1577_BIOFORTIFICAÇÃO

MAIS INFORMAÇÕES:

parcerias@inova.unicamp.br

(19) 3521.2607 / 5013

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