Unicamp desenvolve método para reaproveitamento de cascas de maracujá

PRINCIPAIS BENEFÍCIOS E CARACTERÍSTICAS DA INVENÇÃO

reuso

Promove a utilização da casca do maracujá que seria jogada no lixo

extract

Extrai pectina de uma maneira menos agressiva ao ambiente

seeding

Método tecnológico que contribui para a promoção da economia circular

Nova tecnologia extrai a pectina da fruta agregando valor econômico a parte que geralmente é descartada pela indústria

O maracujá é amplamente explorado pela indústria devido à sua versatilidade. No ramo alimentício, a fruta é utilizada como matéria-prima na produção de sucos, sorvetes, geleias, iogurtes, doces e licores. O produto é rico em antioxidantes, vitaminas e minerais, e possui propriedades medicinais reconhecidas na indústria farmacêutica, sendo utilizado para o tratamento de ansiedade, insônia e depressão. Apesar de seu grande potencial econômico, cerca de 60% de cada unidade é desperdiçada.

 

Para solucionar esse problema e agregar mais valor econômico ao maracujá, pesquisadores da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp em parceria com instituições científicas internacionais desenvolveram um método que visa o reaproveitamento da casca da fruta, um subproduto rico em fibras alimentares que, frequentemente, é descartado como lixo. A nova tecnologia de reaproveitamento de resíduos agroindustriais utiliza água subcrítica e solventes eutéticos para extrair a pectina da casca da fruta, um polissacarídeo amplamente utilizado como emulsificante na produção de geleias e outros alimentos.

 

A pectina também é utilizada como estabilizador e espessante em tintas, creme dental e xampu na indústria cosmética. Devido à sua bioatividade e aos benefícios que exercem na saúde humana, a pectina pode ser ainda comercializada como um ingrediente nutracêutico, sendo um importante componente de fibras alimentares e prebióticos utilizados em aplicações farmacêuticas e biomédicas, como cápsulas de gel, de polímeros, filmes, comprimidos e microesferas.

 

O método desenvolvido pela Unicamp promove a extração de pectina da casca do maracujá de uma maneira menos agressiva ao ambiente, pois não utiliza minerais tóxicos para a sua realização, gasta menos energia do que processos tradicionais e contribui para a economia circular reduzindo o desperdício.

INVENTORES

Julian Martinez

• Graduação em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (1998)
• Mestrado em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (2002)
• Doutorado em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (2005).
Debora Tamires Vitor Pereira
Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA-UNICAMP)
Elena Ibañez Ezequiel
Instituto de Investigacíon em ciencias de la Alimentacíon
Mar Villamiel Guerra
Consejo Superior de Investigaciones Científicas – CSIC
Jose Antonio Mendiola
Consejo Superior de Investigaciones Científicas – CSIC
Pablo Méndez Albiñana
Consejo Superior de Investigaciones Científicas – CSIC

FACULDADE/INSTITUTO:

Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA-UNICAMP)

PARCEIRO:

Consejo Superior de Investigaciones Cientificas – CSIC

DETALHES

TÍTULO: Processo de extração da pectina da casca de maracujá utilizando agua pressurizada e solventes eutéticos profundos
STATUS: DEPOSITADO
CÓDIGO: 1827_PECTINA_BR
Esta tecnologia foi desenvolvida em parceria com a Fapesp

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