
Processo de produção de dispositivo absorvedor e o referido dispositivo para remoção de água de combustíveis líquidos em leito contínuo
Engenharia química / Química
Mais do que temperos ou ingredientes das superstições populares, as ervas aromáticas fomentam a pesquisa científica e o desenvolvimento de técnicas mais avançadas para seus usos na indústria farmacêutica. O alecrim e a sálvia, por exemplo, possuem em suas folhas os ácidos rosmarínicos e carnósico. As substâncias estão ligadas à prevenção de doenças metabólicas como diabetes tipo 2, hipertensão e dislipidemia, além de terem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Elas também exibem potencial para a indústria alimentícia e cosmética.
Detentores de propriedades bioativas valiosas, estes ácidos são, costumeiramente, obtidas pela extração do óleo essencial de alecrim, juntamente com outros elementos misturados. As técnicas tradicionais de extração dos ácidos, como soxhlet ou infusão, demandam longo tempo e alto custo energético, além de se valerem de solventes tóxicos ao meio-ambiente como acetona ou metanol. Sobretudo, após sua obtenção, o óleo essencial precisa ser fracionado de modo a obter a substância desejada.
Diante das desvantagens das técnicas convencionais, um grupo de pesquisadores da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu um processo para extração dos dois estratos herbáceos assistidos por ultrassom. A invenção é capaz de recolher as substâncias desejadas em frações isoladas, poupando recursos energéticos e evitando a utilização de solventes ambientalmente danosos. No lugar deles, são utilizados solventes eutéticos, muito menos agressivos. Ainda, o processo permite o reaproveitamento da biomassa das ervas que seria descartada após a extração do óleo essencial.