Obtenção Otimizada de Celo-oligossacarídeos
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS E CARACTERÍSTICAS DA INVENÇÃO
Sem produção de glicose e etapas de
separação e purificação
Para alimentos funcionais e ração animal
Até 95% de celopentaose
Novo processo obtém COS para o setor de alimentos e ração animal sem etapas de separação ou purificação e sem produzir glicose
Um novo processo fermentativo para obtenção de celo-oligossacarídeos (COS) foi elaborado por pesquisadores da Unicamp a partir da hidrólise de uma matéria-prima lignocelulósica. O invento revelou um efeito sinérgico para aumento na produção de COS sem a necessidade de haver separação ou purificação e sem produzir glicose, podendo ser aplicado na produção de alimentos funcionais e ração animal.
Os celo-oligossacarídeos têm aplicação potencial na fermentação de etanol devido às vantagens sobre a glicose, como menor número de contaminantes de processo, tempo de fermentação mais curto e inibição limitada do processo pela alta concentração de glicose. Além disso, por apoiarem crescimento de diferentes cepas de espécies Lactobacilli e Bifidobacteria, são também importantes para a elaboração de compostos probióticos.
Entretanto, os métodos mais bem sucedidos para sua produção a partir de substratos celulósicos empregam produtos químicos perigosos e extremos de temperatura e pressão. Ao mesmo tempo, na hidrólise enzimática convencional da lignocelulose, uma fração significativa da glicose permanece, enquanto a maior parte do rendimento de COS consiste em oligômeros de baixo grau de polimerização, exigindo ainda etapas ou instalações adicionais de separação e purificação.
Dessa forma, a presente invenção se caracteriza por ser um processo otimizado para a produção de COS a partir da hidrólise da biomassa lignocelulósica, em especial a palha de cana-de-açúcar pré-tratada, em associação com um coquetel enzimático e diferentes aditivos. Os celo-oligossacarídeos obtidos podem ser selecionados entre celobiose, cellotriaose, celotetraose, celopentaose e celohexaose, mas com preferência para a celopentaose, revelando uma concentração final de 85% a 95% de COS na produção, e abrindo uma oportunidade para o seu uso em aplicações industriais.
INVENTORES
Rosana Goldbeck
• Graduada em Engenharia de Alimentos (2005) pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
• Mestrado (2008) e Doutorado (2012) em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
• Professora Doutora na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Fernando César Barbosa
Faculdade de Engenharia de Alimentos – Unicamp
Telma Teixeira Franco
Faculdade de Engenharia Química – Unicamp