
Processo de extração da pectina da casca de maracujá utilizando agua pressurizada e solventes eutéticos profundos
Engenharia de Alimentos
A jabuticaba, conhecida internacionalmente como Brazilian Berry, é uma fruta valorizada por seu sabor e valor nutricional, e amplamente utilizada como matéria-prima na produção de geleias, sucos e outros alimentos. Infelizmente, até 40% de cada fruta é perdida durante as movimentações da indústria.
Com o objetivo de reduzir esse desperdício e promover a economia circular, pesquisadores da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas em parceria com estudiosos da Faculdade de Ciências Aplicadas da mesma instituição desenvolveram uma nova tecnologia idealizada para reaproveitar os resíduos de jabuticaba.
As ações de reciclagem da biomassa da jabuticaba tem como finalidade a extração da antocianina, um pigmento encontrado no bagaço da fruta, que tem utilidade na indústria química, cosmética, farmacêutica e alimentícia. O processo elaborado pela Unicamp é superior a outros métodos conhecidos de reaproveitamento dos resíduos da fruta como maceração, agitação magnética, ultrassom e ultradispersão, pois a partir dele é possível se obter uma antocianina com maior grau de pureza.
O novo procedimento tecnoĺógico envolve algumas etapas: primeiro, os resíduos são tratados para a obtenção de um solvente eutético atóxico e não inflamável, que é usado para estabilizar a antocianina do bagaço. Em seguida, ocorre a retirada da substância por meio do uso de fluidos pressurizados, enquanto o concentrado é purificado e solidificado para a coleta dos extratos ricos em antocianinas.
Essa nova tecnologia representa uma importante contribuição para a sustentabilidade da indústria de alimentos, pois permite a utilização de uma fração significativa de resíduos de jabuticaba que antes seriam descartados inadequadamente.